ASPROC Contrata: coordenador de rastreabilidade

Clique aqui para baixar o Termo de referência – TdR_Coordenador de Rastreabilidade ASPROC 2

O pirarucu selvagem de manejo é uma das cadeias da sociobiodiversidade que a ASPROC tem investido nos últimos 10 anos. O processo de comercialização do pirarucu para mercados mais exigentes tem demandado inovações na organização para acessar preços mais justos. Nesta perspectiva buscamos incorporar nos processos internos mecanismos de rastreabilidade do produto que garanta transparência e segurança aos nossos clientes, conservação do meio ambiente e geração de renda de forma sustentável para quem vive dos recursos naturais e protege a Floresta Amazônica.

Estaremos desenvolvendo ou adaptando uma ferramenta, isto é, de um software que atenda as necessidades dos diferentes elos da cadeia de valor, para o registro e monitoramento de dados. Portanto, estamos em busca de um profissional contratada/o que será responsável por coordenar e desenvolver com o fornecedor de software um sistema de rastreabilidade do pirarucu sob a gestão da Associação.

Os detalhes encontram-se no Anexo “TdR Coordenador de Rastreabilidade ASPROC”

Clique aqui para baixar o Termo de referência – Coordenador de Rastreabilidade ASPROC

As candidaturasdeverão ser enviadas até ao dia 27 de março de 2020, para o e-mail: asproc.associacao@gmail.com

Trabalhe na ASPROC: Coordenador de Produção e Coordenador Administrativo

ASPROC contrata Coordenador de Produção e Coordenador Administrativo para atuar em Carauari/AM, envio de currículo até dia 27 de maio de 2019.

Mais informações nos termos de referência disponíveis nos links:

Coordenador Administrativo ASPROC

Coordenador de Produção ASPROC

Jovens extrativistas em defesa da Amazônia

Jovens e crianças em ambiente comunitário / Foto: Divulgação

Os territórios tradicionais de uso coletivo além desenvolver um importante serviço ambiental e ecossistêmico, preserva também a valorização dos modos de vida e a cultura dos povos e comunidades tradicionais no Brasil. Na Floresta Nacional de Tefé no Estado do Amazonas, a valorização da cultura e defesa do território vem sendo trabalhado por meio de oficinas e encontros de formação que busca estimular o protagonismo jovem no seu envolvimento para o desenvolvimento das ações de mobilização e organização comunitária.

O Projeto Jovem Protagonista do Fortalecimento Comunitário já vem sendo desenvolvido há 8 (oito) anos na Flona Tefé, e conta com apoio de parceiros e instituições locais. Além da Flona de Tefé o projeto também e vem sendo implementado em diversas Unidades de Conservação Federal em diferentes Estados da região.

Foto: Divulgação

O projeto hoje é responsável por incentivar jovens lideranças a ocupar vários espaços de participação social incluindo o cargo de diretor do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS), à exemplo, do atual secretário de juventude do CNS Dione Torquato.

Para Dione é importante que haja cada vez mais iniciativas como essa que ajude a promover o protagonismo jovem no fortalecimento da organização comunitária. “Para que estas ações continuem sendo desenvolvidas é preciso de algo além dos esforço dos nossos jovens extrativistas que querer estarem envolvidos, precisamos também do apoio de pessoas e organizações que também tenham sensibilidade com o tema e ajude financeiramente para que este importante trabalho possa continuar sendo desenvolvido”. Completa Dione, reforçando a importância e necessidade de permanência e ampliação de projetos como Jovem Protagonista do Fortalecimento Comunitário.

Reunião comunitária fortalece a luta por direitos coletivos / Foto: Divulgação

 

 

 

Fundação BB abre inscrições para premiação nacional e internacional de tecnologias sociais

Serão 700 mil reais em prêmios para os três finalistas de cada categoria. Prazo se encerra em abril

O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, considerado um dos principais do terceiro setor no País, chegou a sua décima edição.  As inscrições da premiação estarão abertas até o dia 21 de abril de 2019. Podem participar entidades sem fins lucrativos, como instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado, legalmente constituídas no Brasil ou nos demais países da América Latina ou do Caribe.

Nesta edição, o Prêmio terá quatro categorias nacionais: “Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital”; “Educação”; “Geração de Renda” e “Meio Ambiente”.  O primeiro, segundo e terceiro lugar de cada uma das categorias será premiado com R$ 50 mil, 30 mil e 20 mil respectivamente. Todas as instituições finalistas irão receber um troféu e um vídeo retratando sua iniciativa. Além disso, as tecnologias sociais que promovem a igualdade de gênero e o protagonismo e empoderamento da juventude receberão um bônus de 5% na pontuação total obtida na classificação.

Assim como na última edição do prêmio, em 2017, também está prevista a categoria “Internacional”, destinada a iniciativas da América Latina e do Caribe, onde serão identificadas tecnologias sociais que possam ser reaplicadas no Brasil e que constituam efetivas soluções para questões relativas a “Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital”; “Educação”, “Geração de Renda” e “Meio Ambiente.” Da mesma forma, nesta categoria, as instituições finalistas receberão um troféu e um vídeo retratando a sua iniciativa.

As novidades desta edição são as  três premiações especiais: “Mulheres na Agroecologia”, que visa identificar tecnologias sociais que promovam o protagonismo feminino na gestão da produção agroecológica; “Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico”, destinada para identificar tecnologias sociais de modelos de gestão/governança de organizações e comunidades na produção do algodão agroecológico e “Primeira Infância”, que busca identificar tecnologias sociais que promovam ações que abordem as dimensões do desenvolvimento infantil (linguagem, cognitivo, motricidade e socioafetividade), o fortalecimento de vínculos familiares e o exercício da parentalidade.  Nestas premiações especiais também serão classificadas três finalistas, com as mesmas regras das categorias nacionais. As vencedoras serão conhecidas na premiação, prevista para outubro. Todas as categorias são relacionadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Nesta edição, o concurso conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto C&A, Ativos S/A e BB Tecnologia e Serviços, além da cooperação da Unesco no Brasil e apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ministério da Cidadania e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Para o presidente da Fundação BB, Asclepius Soares (Pepe) o prêmio se consolida em sua décima edição como referência nacional em tecnologia social. “Nosso banco de tecnologias contempla várias áreas. É uma plataforma que reúne inovações, e as tecnologias sociais representam isso. Uma efetiva  transformação social na vida das pessoas”, diz.

Encontro de Tecnologia Social

Como parte da programação do Prêmio, a Fundação BB irá realizar um Encontro de Tecnologia Social com representantes das experiências finalistas, a ser realizado em Brasília (DF), um dia antes da noite de premiação. O evento contará com a presença de especialistas no tema. Entidades de tecnologias certificadas, integrantes do Banco de Tecnologias Sociais (BTS), também serão convidados. O objetivo do encontro é debater o tema da tecnologia social como instrumento do desenvolvimento sustentável.

Para serem certificadas, as iniciativas precisam ser reconhecidas como soluções capazes de causar impacto positivo e efetivo na vida das pessoas, sistematizadas, já implementadas e passíveis de serem reaplicadas.

Todas as metodologias certificadas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) da Fundação BB, que hoje conta com 986 iniciativas. O BTS é uma base de dados on-line que reúne metodologias reconhecidas por promoverem a resolução de problemas comuns às diversas comunidades brasileiras. No acervo, as experiências podem ser consultadas por tema, cidade, estado ou país, entre outros parâmetros de pesquisa. O conteúdo está disponível também nas versões em francês, inglês e espanhol e pode ser consultado no celular, pelos sistemas operacionais iOS e Android, por meio do aplicativo BTS.

As inscrições para a décima edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social podem ser feitas no site www.fbb.org.br/premio

Os resultados de cada etapa do Prêmio serão divulgados no site da Fundação BB.

Extrativista da RDS Uacari conclui curso de Engenharia Solar na Índia

Maria José celebra a troca de saberes / Foto: Divulgação Barefoot College

A agroextrativista Maria José vem de uma comunidade composta por cerca de 33 famílias, todas de alguma forma relacionadas entre si. Ela descreve sua comunidade como um lugar seguro e pacífico e é mãe de 7 e avó de 12. Durante a juventude, as oportunidades de estudo eram escassas e Maria cursou apenas as séries primárias. Hoje, seus filhos possuem mais chances de seguir os estudos e, quando receberem luz para estudar quando o sol se põe, as chances aumentam ainda mais.

Aos 45 anos, Maria José está aprendendo diariamente e alcançou grandes vitórias, como escrever seu próprio nome. A leitura inicialmente foi um grande desafio para ela, mas seguindo a expressão “learning by doing” (que em tradução livre significa aprender na prática), ela superou os obstáculos. Partiu para o continente asiático em agosto do ano passado e retorna no próximo dia 17 de março.

Fontes de eletricidade limpa, movida a energia solar irão melhorar os modos de vida da sua comunidade. O gerador de energia comunitário frequentemente ficava sem combustível em razão do alto valor ou apresentava defeitos nas peças.

Quando o gerador não funcionava, ela não podia costurar à noite. O curso de Engenharia Solar realizado por Maria na Índia, permite que venda sua força de trabalho e desenvolva outros meios de subsistência que são afetados pela falta de fontes de luz.

Maria José relata que sempre irá recordar a gentileza e a disponibilidade da equipe e dos professores em Tilonia, onde aprendeu que o mais importante é pensar nos outros, não apenas em si mesma.

Tradução: Maysa Leão

8 de março é dia de luta

O dia das mulheres é uma data para reflexão

mulheres agricultoras, indígenas que zelam pela saúde alimentar de todos os brasileiros / Ilustração do artista @matheusribsoficial

8 de março é dia reflexão. É dia de pensarmos como o Estado explora a força de trabalho das mulheres, nos nega os direitos sobre nossos próprios corpos e criminaliza nossos movimentos. Há quem diga que a luta das mulheres já não é necessária. Porém ainda hoje, recebemos menos que os homens e a diferença salarial chega, em média, a 26% na América Latina.

Que nesse dia 8 possamos refletir sobre o trabalho invisível das tarefas domésticas e de cuidado, que não são remunerados e adicionam três horas a nossas jornadas laborais. Que se entenda de uma vez por todas que estas violências econômicas aumentam nossa vulnerabilidade diante da violência machista, cujo extremo mais brutal são os feminicídios.

Hoje também é dia de reivindicar o direito ao aborto livre e para que não se obrigue nenhuma menina a enfrentar a maternidade. Nós mulheres, dependemos do apoio uma das outras, porque somente nós conhecemos o temor diário ao realizar as mais simples tarefas, como ir até o ponto de ônibus para trabalhar. Devemos lutar pela valorização do trabalho também invisível que fazemos, que constrói redes de apoio comunitárias e estratégias em contextos difíceis e de crise.

Que seja também uma data de reflexão pelas mulheres ausentes, as vítimas de feminicídio, vozes apagadas violentamente que chegam ao assustador número de 13 mortas por dia só no Brasil. Pelas também ausentes lésbicas e travestis assassinadas por crimes de ódio.

Em face dessa realidade, rosas simbolizam alienação e a manutenção das desigualdades. Homens, não nos deem parabéns ou rosas. Reflitam, ouçam as mulheres ao seu redor, respeitem suas companheiras e seu compromisso afetivo. E a mais importante contribuição: Conversem com outros homens! Façam seus amigos saberem que depois do NÃO, tudo é assédio. Este será nosso maior presente.

8 de março

O chamado Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 1975 quando a ONU estabeleceu a data para lembrar as conquistas políticas e sociais das mulheres. Em 1917 um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial. O protesto aconteceu em 8 de março e os soviéticos adotaram em 1918, desde então a data é utilizada pela maioria dos países do mundo. Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da “mulher heróica e trabalhadora”.

 

Por: Maysa Leão