Fórum de Desenvolvimento Territorial do Médio Juruá apresenta desafios e conquistas

O debate abordará questões importantes para as populações do Médio Juruá. Foto: Divulgação

Nesta quarta e quinta-feira, 8 e 9 de novembro, acontece o XIV Encontro do Fórum de Desenvolvimento Territorial do Médio Juruá, e, entre vários temas debatidos, será tratado especialmente sobre a produção de açaí. Na tarde do dia 8 será apresentado o estudo de custo da cadeia produtiva do açaí, realizado pela UFAM, ASPROC e Memorial Chico Mendes.

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O debate é uma importante conquista para o desenvolvimento das comunidades do Médio Juruá. Foto: Divulgação

Entre as questões abordadas no Encontro, destacam-se também o status do Bolsa Floresta no Médio Juruá, o monitoramento ambiental e foco de calor nas unidades de conservação, o status do monitoramento dos tabuleiros de quelônios feito pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, além da proposta de implementação do curso superior em pedagogia em unidades de conservação. O debate é uma importante conquista para o desenvolvimento das comunidades do Médio Juruá.

Serviço

Local: Auditório da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Rua Álvaro Braga, 351 – Parque 10, Manaus – AM

Data: 8 e 9 de novembro de 2017. Horário: 08h00 – 17h00.

Informações: 92 99104-2622

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Memorial Chico Mendes Comemora 21 Anos de Luta

Memorial Chico Mendes apresenta Sanear Amazônia em comunidades do município de Gurupá Melgaço – PA

Ação faz parte do trabalho do Memorial Chico Mendes para executar o programa de acesso à água aos extrativistas. Foto: Clodoaldo Pontes

No último dia 10 de outubro aconteceu a apresentação do Sanear Amazônia às comunidades extrativistas do município de Gurupá e Melgaço – PA. A ação faz parte do trabalho do Memorial Chico Mendes para executar o programa de acesso à água aos extrativistas.

A implementação da tecnologia social de acesso á agua as famílias extrativistas da RESEX Gurupá Melgaço tem um valor simbólico importante à luta politica do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS, sobretudo, porque foi em Melgaço na Vila do “Tonhão” que aconteceu em 2015 o II Chamado da Floresta. Água de qualidade e saneamento aos extrativistas da Amazônia eram pauta central do CNS.

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A Chegada do Sanear na Vila do Tonhão significa o reconhecimento da luta do CNS no Estado brasileiro, pela garantia de direitos sociais as populações extrativistas da Amazônia, para acessar água e saneamento, assim como a esperança de que possam ser atendidas, plenamente, as necessidades como sociedade brasileira que vive na floresta.

Na primeira etapa do Sanear, o objetivo foi apresentá-lo às comunidades através de mobilizações e reuniões comunitárias, juntamente com o CNS. Em seguida, realizou-se o cadastramento das famílias que irão acessar a tecnologia social. No município de Gurupá a reunião de apresentação aconteceu na comunidade de São Sebastião, no Médio Rio Marajoí.

Na ocasião também foi discutido sobre o trabalho de execução da tecnologia social – Foto: Clodoaldo Pontes

Adevaldo Dias, presidente do Memorial Chico Mendes e Clodoaldo Pontes coordenador técnico, estiveram na condução dos processos. Pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari – Asproc participaram Roziane Moura e Sidomar Vitor. A Asproc é a organização comunitária responsável pela construção das tecnologias sociais nos municípios.

Adevaldo apresentou os principais pontos do programa Sanear, sua importância e alcance para o saneamento as famílias extrativistas da Amazônia, reafirmando como fundamental a participação das famílias nas etapas de capacitação em saúde e uso da água, e também esclareceu sobre a construção das tecnologias sociais.

Na ocasião também foi discutido sobre o trabalho de execução da tecnologia social, tirando dúvidas e explicando às famílias sobre o compromisso comunitário com as etapas de construção das tecnologias sociais e acompanhamento das equipes da Asproc durante o período de construção.

O Sanear Amazônia é resultado desta agenda de reivindicações do CNS junto ao Estado brasileiro para a garantir investimentos públicos ao desenvolvimento dos extrativistas da Amazônia e do Brasil. Por isso, a efetivação do programa de acesso à água dos extrativistas da Amazônia significa, sobretudo, fortalecer a luta do CNS pela conquista politica e social, muito importante para o acesso à água de qualidade e saneamento das comunidades das RESEX da Amazônia. Ou seja, uma pauta reivindicada e que agora está sendo consolidada junto aos extrativistas.

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Pirarucu manejado na AgroUfam: uma alternativa de geração de renda e sustentabilidade

O manejo estimula o crescimento e o controle do pirarucu nos lagos de conservação. Foto Maysa Leão

Realizada no último dia 5 de outubro, a 42ª edição da feira AgroUfam contou com a participação especial da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) na venda do pirarucu de manejo do rio Juruá, com a pesca feita pelas comunidades extrativistas de unidades de conservação, as Reservas Extrativistas (RESEX) e Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) da região do Médio Juruá – Amazônia.

O manejo estimula o crescimento e o controle do pirarucu nos lagos de conservação e é resultado da organização das famílias ribeirinhas, por meio de estratégias participativas e muito envolvimento comunitário.

Para a Asproc, que coordena a comercialização, a feira, realizada no último dia 5 de outubro, amplia as possibilidades de mercado para o produto, pois é uma oportunidade para vender diretamente para a população consumidora de Manaus o pirarucu de manejo produzido pelas comunidades, estreitando o ciclo de venda com a capital, que poderá consumir o pirarucu do extrativismo,- alimento saudável e regional.

Com a iniciativa, o trabalho torna-se capaz de aliar a conservação do meio ambiente à geração de renda de forma sustentável para quem vive dos recursos naturais da floresta, pois toda a produção é resultado do trabalho de manejo das comunidades.

Os resultados são a recuperação, reprodução e o aumento dos estoques da espécie, em mais de 100 lagos preservados, contribuindo com a sustentabilidade da região. O peixe manejado vive livre em rios e lagos naturais.

Venda de pirarucu de manejo movimenta Agroufam. Foto: Maysa Leão

Foram quase três toneladas brutas de pirarucu fresco, manejado, direto dos lagos do médio Juruá para a mesa dos manauaras. Esta operação gerou uma receita bruta de um pouco mais de vinte e quatro mil reais aos extrativistas.

Flávio Ferreira, extrativista, morador do município de Carauarí e membro da Associação dos Produtores Rurais de Carauari – Asproc, fala sobre as atividades de renda da comunidade.

“Antes os comunitários viviam só da produção da farinha de mandioca e borracha natura, além da pesca de peixe liso sem manejo”, disse ele, que aponta o aumento da produção e renda como um dos principais benefícios do manejo de pirarucu. “A melhoria da renda das famílias, além do aumento das espécies são os principais impactos para nossa região. E não é só pirarucu que é preservado, há várias outras espécies”.

Flávio narra as etapas do processo de manejo, cuidadosamente elaborado todos os anos. “A cada ano planejamos, avaliamos as atividades do ano anterior pontos negativos e positivos e encaminhamos as soluções, acontece também a contagem do peixe de cada lago, se no lago há canoa ou trilha próximo à margem, a logística de ‘voadeira’, a solicitação de autorização do Ibama, e por último, a pesca e venda”, completou.

Para o Presidente da Asproc, Manoel Siqueira, as parcerias são fundamentais para a produzir bons resultados. “ para a realização da comercialização do pirarucu de manejo na feira foi indispensável a parceria e apoio do Memorial Chico Mendes e Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS”, enfatizou.

Maysa Leão

Venda de Pirarucu manejado a preços populares na UFAM

A feira de agricultura familiar da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vai comercializar pirarucu fresco com preços de R$ 5 a R$ 16, nesta quinta e sexta-feira (5 e 6).

 

Foto: Divulgação

A venda será do pirarucu de manejo, com a pesca feita pelas comunidades extrativistas de conservação da floresta Amazônica do médio e baixo Juruá. Esse cuidado estimula o crescimento e o controle do pirarucu nos lagos de conservação e é resultado da organização das famílias ribeirinhas, por meio de estratégias participativas e muito envolvimento comunitário

Para a Associação dos Produtores Rurais de Carauari – ASPROC, que coordena a comercialização, a Feira amplia as possibilidades de mercado para o produto, pois é uma oportunidade para vender diretamente para a população consumidora de Manaus o pirarucu de manejo produzido pelas comunidades, estreitando o ciclo de venda com a capital, que poderá consumir o pirarucu orgânico, alimento saudável e regional, resultado de um trabalho que alia a conservação do meio ambiente à geração de renda de forma sustentável para quem vive dos recursos naturais da floresta Amazônica, pois toda a produção é resultado do trabalho de manejo das comunidades. Os resultados são a recuperação, reprodução e o aumento dos estoques de espécies, em mais de cem lagos preservados, contribuindo com a sustentabilidade da região.

Preços:  A manta custará R$ 15,00 o quilo, o Filé R$ 16,00 o quilo, a Ventrecha R$ 14,00 o quilo, Charuto R$ 8,50 o quilo e a Carcaça R$ 5,00 o quilo.

Serviços: Venda de Pirarucu de Manejo na AGROUFAM

Quando: O peixe estará a venda nesta quinta e sexta-feira (5 e 6) das 7h às 16h.

Onde: Setor sul do Campus da Universidade Federal do Amazonas, localizada da Av. General Rodrigo Otávio, 1200, Coroado (Mini-campus)

Informações: telefone (92) 33074272

facebook.com/MemorialChicoMendes

VIVA O DIA DA AMAZÔNIA

PARA AS POPULAÇÕES EXTRATIVISTAS DA AMAZÔNIA A FLORESTA AMAZÔNICA É O MAIOR PATRIMÔNIO QUE HOJE TEMOS !

Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil entregam Tecnologias Sociais no Amazonas

O Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil na parceria para implementar tecnologias sociais de acesso à água as populações extrativistas do Estado do Amazonas, têm seus primeiros resultados com a entrega de 36 tecnologias sociais as famílias das comunidades da RESEX do Rio Jutaí.

Na parceria, a Associação do Produtores Rurais de Carauri – ASPROC vem assumindo um papel estratégico na construção física das tecnologias sociais, devido a sua trajetória e experiência consolidada no Sanear Amazonas. Trabalho que envolve tecnologia social, saúde e saneamento na Amazônia. A ASPROC atua em parceria com o Memorial Chico Mendes.

Os investimentos da Fundação Banco do Brasil – FBB aplicados diretamente nas comunidades das RESEX, atendem, especialmente, as mulheres e as crianças extrativistas. No trabalho da floresta, as mulheres convivem e assumem as atividades da rotina doméstica, cuidados com as crianças, limpeza e asseio da casa, e a produção extrativista, também. Por isso a tecnologia social, alcança com mais dignidade as mulheres e as crianças, na medida em que possibilitará mais comodidade e privacidade, no uso do banheiro em casa e água de qualidade para uso de todos da família.

Mais 38 tecnologias sociais serão concluídas e entregues as famílias extrativistas na parceria Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil – FBB no decorrer de 2017.