O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) reuniu mais de 30 líderes em Belém, capital do Pará, para debater políticas públicas em benefício dos povos indígenas e populações tradicionais extrativistas.
A reunião do Conselho Deliberativo do CNS voltou ao modelo presencial neste ano e debateu a conjuntura política nacional; os retrocessos socioambientais; as violações dos direitos humanos a povos indígenas, populações tradicionais extrativistas; as questões como a política de REDD+; incentivos para a educação dos jovens das florestas; além de reafirmar a luta em defesa dos direitos da juventude e da mulher extrativista.
“A questão da educação é um problema muito importante para debater, porque no caso da juventude da floresta precisamos ter uma política de educação diferenciada para essa turma. Eu digo sempre que se a gente não implantar uma educação empreendedora nas reservas extrativistas, nós vamos ter sempre a nossa juventude se preparando para uma atuação de trabalho muito mais urbana”, afirma o presidente do CNS, Júlio Barbosa.
De acordo com Júlio Barbosa, os projetos enquadrados na categoria REDD+ são geradores de créditos que podem ser vendidos no mercado de carbono para empresas que precisam compensar suas emissões inevitáveis. “O objetivo é contribuir para a mitigação da mudança do clima por meio da eliminação do desmatamento ilegal, da conservação e da recuperação dos ecossistemas florestais, trazendo ao mesmo tempo benefícios econômicos e socioambientais para as populações tradicionais, extrativistas e indígenas”, observa o presidente do CNS.
Fórum Social Pan-Amazônico
A 10ª edição do Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA), que ocorreu nos últimos quatro dias do mês de julho, também em Belém, recebeu representantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas.
Segundo o presidente do CNS, o evento foi um momento muito importante, pois debateu questões da Amazônia como um todo. “O FOSPA envolve os países da América Latina, da qual ocupa espaço a Amazônia. Então, no fórum nós debatemos assuntos muito importantes como mudanças climáticas, proteção da nossa floresta e biodiversidade”, enfatizou Júlio Barbosa.