Venda de Pirarucu manejado a preços populares na UFAM

A feira de agricultura familiar da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vai comercializar pirarucu fresco com preços de R$ 5 a R$ 16, nesta quinta e sexta-feira (5 e 6).

 

Foto: Divulgação

A venda será do pirarucu de manejo, com a pesca feita pelas comunidades extrativistas de conservação da floresta Amazônica do médio e baixo Juruá. Esse cuidado estimula o crescimento e o controle do pirarucu nos lagos de conservação e é resultado da organização das famílias ribeirinhas, por meio de estratégias participativas e muito envolvimento comunitário

Para a Associação dos Produtores Rurais de Carauari – ASPROC, que coordena a comercialização, a Feira amplia as possibilidades de mercado para o produto, pois é uma oportunidade para vender diretamente para a população consumidora de Manaus o pirarucu de manejo produzido pelas comunidades, estreitando o ciclo de venda com a capital, que poderá consumir o pirarucu orgânico, alimento saudável e regional, resultado de um trabalho que alia a conservação do meio ambiente à geração de renda de forma sustentável para quem vive dos recursos naturais da floresta Amazônica, pois toda a produção é resultado do trabalho de manejo das comunidades. Os resultados são a recuperação, reprodução e o aumento dos estoques de espécies, em mais de cem lagos preservados, contribuindo com a sustentabilidade da região.

Preços:  A manta custará R$ 15,00 o quilo, o Filé R$ 16,00 o quilo, a Ventrecha R$ 14,00 o quilo, Charuto R$ 8,50 o quilo e a Carcaça R$ 5,00 o quilo.

Serviços: Venda de Pirarucu de Manejo na AGROUFAM

Quando: O peixe estará a venda nesta quinta e sexta-feira (5 e 6) das 7h às 16h.

Onde: Setor sul do Campus da Universidade Federal do Amazonas, localizada da Av. General Rodrigo Otávio, 1200, Coroado (Mini-campus)

Informações: telefone (92) 33074272

facebook.com/MemorialChicoMendes

VIVA O DIA DA AMAZÔNIA

PARA AS POPULAÇÕES EXTRATIVISTAS DA AMAZÔNIA A FLORESTA AMAZÔNICA É O MAIOR PATRIMÔNIO QUE HOJE TEMOS !

Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil entregam Tecnologias Sociais no Amazonas

O Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil na parceria para implementar tecnologias sociais de acesso à água as populações extrativistas do Estado do Amazonas, têm seus primeiros resultados com a entrega de 36 tecnologias sociais as famílias das comunidades da RESEX do Rio Jutaí.

Na parceria, a Associação do Produtores Rurais de Carauri – ASPROC vem assumindo um papel estratégico na construção física das tecnologias sociais, devido a sua trajetória e experiência consolidada no Sanear Amazonas. Trabalho que envolve tecnologia social, saúde e saneamento na Amazônia. A ASPROC atua em parceria com o Memorial Chico Mendes.

Os investimentos da Fundação Banco do Brasil – FBB aplicados diretamente nas comunidades das RESEX, atendem, especialmente, as mulheres e as crianças extrativistas. No trabalho da floresta, as mulheres convivem e assumem as atividades da rotina doméstica, cuidados com as crianças, limpeza e asseio da casa, e a produção extrativista, também. Por isso a tecnologia social, alcança com mais dignidade as mulheres e as crianças, na medida em que possibilitará mais comodidade e privacidade, no uso do banheiro em casa e água de qualidade para uso de todos da família.

Mais 38 tecnologias sociais serão concluídas e entregues as famílias extrativistas na parceria Memorial Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil – FBB no decorrer de 2017.

Memorial Chico Mendes Comemora 21 Anos de Luta

Água, extrativistas, saneamento, conservação socioambiental, políticas públicas, desenvolvimento das populações da floresta.  São retrospectos que simbolizam a luta e conquistas do Memorial Chico Mendes em seus 21 anos de existência.

Criado em 12 de Julho de 1996, o Memorial Chico Mendes com atuação na Amazônia, defende o legado e as ideias de Chico Mendes, sobretudo, de fortalecimento da agenda politica do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS de desenvolvimento das Reservas Extrativistas, como espaço de vida e de produção sustentável.

O Memorial Chico Mendes na estratégia de fortalecer a luta e os sonhos das populações extrativistas, por mais direitos e igualdades sociais, vem por meio de serviços, projetos e programas contribuindo no processo de conservação das RESEXs, valorizando a cultura dos povos da floresta e procurando melhorias nas áreas de produção, saúde, saneamento dos extrativistas e educação.

O Memorial vem reafirmar, nestes 21 anos, o compromisso  dessa luta na defesa dos direitos das populações extrativistas e do fortalecimento político e social do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS para que o legado de Chico Mendes continue orientando a agenda de desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil, como espaço de vida e cidadania.

Parabéns Memorial Chico Mendes!!!

Memorial Chico Mendes realiza Capacitação na Resex do Rio Jutaí

Dentro do projeto de instalação de tecnologias sociais do Sanear Amazonas está incluso atividades de capacitação para as comunidades que serão beneficiadas pela política de saneamento. Realizada em dois formatos, o primeiro deles, a capacitação de gestão das águas, é voltada exclusivamente para a comunidade, enquanto o outro formato, de gestão organizacional, para a diretoria da associação responsável pela interlocução do Sanear Amazonas.

A capacitação foi realizada nas comunidades de Monte Tabor, Vila Efraim e Bacabal, ambas localizadas na Resex do Rio Jutaí. Foram apresentados os principais aspectos relacionados à tecnologia social, já preparando as comunidades para as tecnologias que irão receber. Assim, eles poderão realizar a autogestão desse processo.

Outro aspecto abordado na capacitação está relacionado aos benefícios adquiridos com a tecnologia social, que envolve o saneamento e a qualidade da água.  Nas comunidades visitadas, as famílias moram em terra firme Às margens de ressacas, que ficam distante das margens do rio, então quando é período de cheia, a água chega até as casas. Entretanto durante o verão, os rios secam, distanciando-se das moradias, sendo o percurso até a margem distante e escaldante pelo sol e a água que restam nas ressacas muito quente. Assim, não dá para buscar e usar a água. A situação atinge a higiene dos comunitários, já que a temperatura começa a amenizar a partir das 22h, que é o horário que eles descem até o rio para banhar-se. A tecnologia vai trazer um benefício muito grande nesse sentido, de captação de água para uso na residência.

Por isso, é importante que se entenda todo o processo de implementação das tecnologias sociais, já que desta forma a compreensão das mudanças que elas trarão a comunidade alcança melhor êxito. Compreendendo o cuidado que se deve ter com a tecnologia e o envolvimento da comunidade nesse processo organizacional permitirá maior envolvimento de todos quanto aos cuidados e manutenção das tecnologias. Não apenas sob o aspecto técnico, mas no financeiro e organizacional.

O objetivo maior da capacitação é a mobilização social e política, para a importância da tecnologia, os benefícios à saúde e bem-estar da comunidade, já que o envolvimento exerce uma parcela ímpar na implementação da política pública.

Memorial Chico Mendes e CNS comemoram o Dia Mundial do Meio Ambiente

Comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia no dia 05 de Junho. Essa data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo da Suécia.

O Meio ambiente está interligado a tudo o que compõe o Planeta Terra e afeta a vida humana. Assim, ele envolve o ar que respiramos, as florestas, as plantas, os animais e a água que cobre a superfície terrestre. A preservação do meio ambiente por meio da educação sustentável tem sido uma das bandeiras de luta do Memorial Chico Mendes em prol das comunidades tradicionais da Amazônia e do planeta.

Mais do que nunca é necessário à proteção de nossas florestas. Segundo dados do IBGE, em apenas um ano, a Amazônia perdeu 7.989 km² de seu território verde, o que leva a uma alta de 29% quando comparado aos anos anteriores. Este valor aponta para a derrubada de 451 milhões de árvores. Para se ter uma ideia da gravidade deste dado, o espaço desmatado equivale a mais de 1 milhão de campos de futebol.

A questão da água também tem sido uma das discussões do Memorial Chico Mendes e do CNS. Estima-se que 49% da população na região Norte é atendida pelo abastecimento de água, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, SNIS. Embora tenha a maior bacia hidrográfica do mundo, a população que vive as margens dos rios da Amazônia ainda sofre pelo acesso à água potável e ao saneamento básico, mesmo nas capitais amazônicas.

A principal participação do Memorial Chico Mendes e CNS pelo meio ambiente são as Resex como espaço de desenvolvimento da qualidade de vida no Brasil, por meio da conservação do meio ambiente pelas populações extrativistas. As unidades de conservação tornam possível o desenvolvimento sustentável devido à exploração autossustentável e à conservação dos recursos naturais renováveis.

A luta do Memorial Chico Mendes e CNS é para que as políticas públicas específicas consigam alcançar as populações extrativistas, podendo, assim, por meio de suas unidades de conservação promover um maior potencial de desenvolvimento e vantagens sociais e ambientais frente ao desmatamento e uso inadequado dos recursos naturais.  Assim, as Resex demonstram sua eficiência como espaço que articula simultaneamente formas de uso comum e de utilização privada de um estoque definido de recursos naturais disponíveis como a extração de látex, manejo agrícola, caça e pesca, entre outros.

As unidades de conservação apresentam-se como modelos viáveis a preservação ambiental, já que suas atividades produtivas não colocam em risco a natureza, pelo contrário, quando há uma Resex, há áreas de menor grau de desmatamento no Brasil, segundo dados do IBGE, mantendo sua cobertura verde. Para o Memorial Chico Mendes e o CNS é indispensável à manutenção do meio ambiente que é garantida através da implementação dos instrumentos de gestão e o apoio às atividades extrativistas, que acontecem com a promoção do manejo sustentável dos recursos naturais e valorização dos produtos do extrativismo.

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É preciso refletir sobre nossos atuais posicionamentos diante da natureza e do meio em que vivemos para preservar o futuro do Planeta Terra. Embora ainda se veja um potencial de consumo enorme das nossas florestas, dos nossos rios que podem suprir a necessidade humana por bastante tempo, a mudança de mentalidade para o uso, gerenciamento e compartilhamento dos recursos ambientais mais do que nunca se tornou a saída para o desenvolvimento da humanidade.