Iniciando agenda que passará por todos os Estados onde o Sanear Amazônia está sendo implementado, a equipe coordenada pelo professor Ricardo Bernardes, da UnB, e composta pelos diretores técnicos do Memorial Chico Mendes, supervisores das entidades executoras e representantes das comunidades extrativistas fará análise da qualidade da água consumida nos domicílios de famílias que ainda não receberam a tecnologia social de acesso à água potável.
O primeiro estado onde será feita a análise é o Pará, que receberá a equipe entre os dias 11 e 18 de janeiro. Será uma análise amostral da qualidade da água em 56 famílias, que representa 5% das 1.130 famílias beneficiadas com a construção da tecnologia social nas reservas extrativistas do Pará, onde atuam como executoras a Associação de Moradores da Reserva Extrativista Mapuá e o Instituto Vitória-Régia.
O objetivo dessa análise é fazer uma comparação “antes” (referente ao período anterior à implantação das intervenções em água nos domicílios) e “depois” (referente ao período, de pelo menos seis meses após a finalização da implantação e funcionamento das tecnologias sociais de acesso) da água consumida pelas famílias extrativistas.
A análise da qualidade da água é feita com base em três indicadores de exposição: população consumindo água não potável no domicílio (qualidade da água para consumo humano); população consumindo água em quantidade insuficiente (acessibilidade a água); população desprovida de instalação sanitária adequada (relação de acesso à água e bem estar, privacidade e conforto). A partir daí, a análise se concentra nos seguintes efeitos: levantamento de parasitoses intestinais; prevalência de diarreia como indicador de efeito; satisfação com a comunidade onde vive e qualidade de vida.
Segundo relatório anual da Agência Nacional das Águas (ANA), esse acompanhamento é uma maneira eficiente de monitorar a situação dos recursos hídricos, do ponto de vista da quantidade e da qualidade, e de avaliar a evolução da gestão dos recursos hídricos. Tal conhecimento pode adquirir caráter estratégico, pois subsidia a identificação de necessidades e a definição das ações futuras.
De 19 a 26 de janeiro, a equipe fará a análise no Amazonas, em parceria com a Asproc. O material coletado será armazenado em frascos e analisado quanto à presença de parasitas intestinais. Até o final do primeiro semestre todas as reservas extrativistas onde está o Sanear Amazônia passarão pela análise qualitativa da água para construção de mais tecnologias sociais de acesso à água potável. No total, serão 140 domicílios visitados para o teste da água e entrevista com a família.
Após a construção do sistema de acesso à água potável por sistema pluvial, uma nova análise será feita para atestar a qualidade da água proveniente da chuva que será distribuída e consumida nesses domicílios. Esse acompanhamento integra a implementação do Sanear Amazônia, cuja missão é melhorar a qualidade de vida dos extrativistas.
Diagnóstico socioambiental – Caso sejam detectadas parasitoses, como ação de intervenção, as crianças infectadas deverão ser tratadas com medicamentos apropriados prescritos por equipe médica, imediatamente após o resultado dos exames. A equipe do Sanear Amazônia também realizará entrevistas com as famílias com objetivo de traçar um diagnóstico socioambiental para mensurar e avaliar a satisfação com a qualidade de vida e sobre necessidades ainda não sanadas em relação ao acesso à água.
Por neila em 10 de janeiro de 2016 às 9:55.
Esta tecnologia social foi possível graças aos filhos de povos da floresta que honram sua origem!Deus está com vcs guerreiros!