O Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS e Memorial Chico Mendes – MCM parabenizam os 27 anos de criação da Floresta Nacional de Tefé, em especial a todos(as) os moradores, gestores, colaboradores e parceiros  que sempre contribuíram no controle, conservação e desenvolvimento ambiental e social.

DSC00523 Itauba

A Floresta Nacional (Flona) de Tefé foi criada em 10 de Abril de 1989 pelo Decreto nº 97.629 com uma  área de 1.020.000 hectares entre suas particularidade estão a grande área verde de floresta tropical nativa que conserva um gigantesca biodiversidades e também as populações tradicionais que residem dentro e  no entorno da unidade com mais de 900 famílias (3.600 pessoas) agrupadas em 99 comunidades/localidades que se distribuem ao longo das margens dos três rios: Tefé, Bauana e Curunitá de Baixo e que ajudam na conservação e preservação da flora e fauna das espécies que existem na Unidade de Conservação.

As principais atividades econômicas da Flona são a agricultura de subsistência (farinha de mandioca, banana e milho) e o extrativismo (castanha do Brasil). A farinha produzida é comercializada com os marreteiros e com os flutuantes, ou então, vendida em feiras-livres na cidade de Tefé. A atividade madeireira é insipiente e a exploração de plantas medicinais, aromáticas e de óleos essenciais é inexistente. Diante deste quadro, percebemos que o enorme potencial econômico da Floresta Nacional de Tefé encontra-se suscetível à degradação pelo mau uso, não se revertendo em melhoria da qualidade de vida das pessoas.

DSC01296

O transporte é realizado exclusivamente por meio fluvial. São utilizados barcos comunitários, barcos de regatões e, sobretudo, motor rabeta. A cidade de Tefé fica a, aproximadamente, 40 km da comunidade da Bom Jesus, marco de entrada da Flona. Essa distância pode ser percorrida em cerca de 50 minutos de motor de voadeira . Os ribeirinhos costumam levar de 4 a 5 h com motor de rabeta para fazer o mesmo trajeto, enquanto para alcançar a Vila Moura, comunidade mais a montante do Rio Tefé, estima-se uma viagem de no mínimo três dias.