A balsa será capaz de transportar até 150 toneladas de produtos com mais segurança, agilidade e qualidade

Idelizada pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), a balsa com capacidade de 150 toneladas foi inaugurada no dia 6 de dezembro. A embarcação faz parte do projeto “Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário” implementado pela Asproc, que atua por meio de organização, gestão e comercialização da produção das comunidades ribeirinhas. O objetivo é facilitar o escoamento da mercadoria produzida pelos comunitários

O projeto recebeu investimento fruto de uma parceria da Fundação Banco do Brasil e Fundo Amazônia, no valor de R$ 500 mil. A construção da balsa tem como objetivo viabilizar o escoamento da produção, gerar renda e assim, melhorar a qualidade de vida dos comunitários.

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A balsa irá atender 53 comunidades num total de 450 famílias residentes da Unidade de Conservação Federal de Uso Sustentável – Resex Médio Juruá. A capacidade de escoamento da Asproc atualmente gira em torno de 500 toneladas ao ano. Com a parceria, a estimativa é que em 12 meses chegue a 900 toneladas de produtos.

Para Manuel Siqueira, presidente da Asproc, o isolamento das comunidades é um dos principais entraves para a comercialização dos produtos, mas com a balsa o volume das mercadorias transportadas em uma única viagem será maior, com mais segurança e menor custo com transportes que antes eram feitos por três embarcações simultaneamente.

“Antes o barco ASPROC II conseguia transportar no máximo 60 toneladas de produtos e dependia de mais duas embarcações menores para dar apoio, fora viagens extras que aconteciam esporadicamente para desabastecer as cantinas. Com a balsa a capacidade de transporte chega a 150 toneladas”, completou Manuel.

Segundo Roziane Moura, assistente social da Asproc, além do escoamento da produção a balsa irá abastecer as compras das cantinas, uma espécie de mercado local onde os comunitários têm acesso a gêneros alimentício diversos, como arros, feijão, açúcar e outros.

“Os principais itens produzidos pelos comunitários são a farinha de mandioca branca e amarela, açaí, pirarucu, cará roxo, abobora, mel de abelha, farinha de tapioca, borracha, oleaginosas”, disse Roziane.

Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário

Certificada pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, em 2011, como Tecnologia Social “Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário” é uma das 986 inciativas que fazem parte do Banco de Tecnologias Sociais (BTS) – uma base de dados online que reúne metodologias reconhecidas por promoverem a resolução de problemas comuns às diversas comunidades brasileiras, aptas e disponíveis para reaplicação.

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