Os visitantes da maior feira de produtos naturais da América Latina, a Naturaltech, tiveram a oportunidade de conhecer o pirarucu selvagem de manejo sustentável produzido no Amazonas. A Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) apresentou a proposta da cadeia produtiva implementada na região durante o evento ocorrido entre os dias 8 e 11 de junho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP).
O expositor ‘Amazônia em Casa – Floresta em pé’ reuniu 32 negócios de impacto socioambiental. Entre eles, a proposta do pirarucu selvagem manejado de maneira sustentável no município de Carauari, além da polpa de açaí e farinha de mandioca, também produzidos na região. O espaço contou com uma estrutura de quase 100m² na feira, o maior dedicado à Amazônia.
De acordo com a coordenadora de comercialização da Asproc, Ana Alice Britto, o momento foi de troca de experiências entre fabricantes e produtores, consumidores finais e redes varejistas, além de uma oportunidade para ampliar o mercado do pirarucu, da polpa de açaí e da farinha de mandioca, produtos produzidos pela associação.
“Eu fiz contato com pessoas que nunca tinham ouvido falar do pirarucu, outras que já ouviram falar, mas queriam mais informações a respeito. Conversei com clientes em potencial, outros clientes que já temos também foram visitar e alinhamos outras ações. Foi uma oportunidade para criar essa rede de contato e divulgar a nossa proposta da cadeia produtiva do pirarucu e do açaí”, relatou Ana Alice.
O manejo sustentável do pirarucu selvagem, implementado desde 1999 no Amazonas e em outros estados da região norte, é uma atividade econômica reconhecidamente bem sucedida, que alia produtividade e conservação da biodiversidade. A proposta garante a sobrevivência do pirarucu, a soberania alimentar das comunidades, além de assegurar renda aos povos indígenas e tradicionais.
A participação da Asproc na feira foi viabilizada por meio da seleção no programa de acesso a mercados “Amazônia em Casa, Floresta em Pé”, realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures. A iniciativa promove uma série de atividades de fortalecimento e fomento à comercialização de produtos e ativos da floresta.
O evento, que realizou a sua 15ª edição neste ano, tem como principal objetivo a promoção de uma vida saudável e a troca de experiências entre produtores e fabricantes sobre o mercado de produtos sustentáveis, viabilizando, assim, uma rede de contatos entre os seus participantes. Uma vez garantida essa visibilidade, é possível ampliar o acesso ao mercado de produtos da sociobiodiversidade amazônica.
A promoção do manejo sustentável do pirarucu selvagem é articulada pelo Coletivo do Pirarucu, iniciativa criada em 2018, do qual fazem parte a ASPROC e diversas associações de base comunitária, organizações governamentais e não governamentais, além de órgãos de cooperação internacional.
A ASPROC coordena o arranjo comercial do Coletivo e da marca Gosto da Amazônia, criada em 2019 com o objetivo de expandir a venda do pirarucu de manejo, abrindo e consolidando mercados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife.
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