A luta em defesa dos territórios tradicionais de uso coletivo, do meio ambiente, da visibilidade das economias da sociobiodiversidade e do fortalecimento das organizações sociais comunitárias são as principais bandeiras encampadas pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), que completa 37 anos de existência, nesta segunda-feira, dia 17 de outubro.
Fundado como Conselho Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o 1º Encontro Nacional dos Seringueiros, em Brasília, o conselho surgiu a partir da luta travada por Chico Mendes contra a expulsão dos povos tradicionais de suas terras e a devastação da floresta.
A partir de 2009, quando da realização do 2º Congresso das Populações Extrativistas da Amazônia e do 8º Encontro Nacional, em Belém, mais de 400 lideranças extrativistas dos nove estados da Amazônia aprovaram a mudança do nome da entidade para Conselho Nacional das Populações Extrativistas, mantendo a mesma sigla CNS. Atualmente a organização é presidida pelo seringueiro Julio Barbosa de Aquino, um dos principais nomes do movimento.
“Todo esse legado, consolidado hoje em mais de 613 territórios já conquistados é uma história de luta muito rica e importante e que precisa ser valorizada, sobretudo com o engajamento e participação de homens, jovens e mulheres na luta incessante pela defesa da vida, da dignidade, da igualdade e da justiça”, destaca o secretário-geral do CNS, Dione Torquato.
Organização de âmbito nacional, o CNS representa trabalhadores agroextrativistas organizados em associações, cooperativas e sindicatos. Seu Conselho Deliberativo é formado por 27 lideranças de diferentes segmentos agroextrativistas de todos os Estados da Amazônia. São seringueiros, castanheiros, coletores de açaí, quebradeiras de coco babaçu, balateiros, piaçabeiros, integrantes de projetos agroflorestais, extratores de óleo e plantas medicinais, entre outras modalidades.
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