Fundado em outubro de 1985 para representar as populações extrativistas do Brasil e defender os direitos de quem luta pela floresta em pé, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) reunirá mais de 300 lideranças dos territórios tradicionais de uso comum representando coletivos, associações, cooperativas e sindicatos no VI Congresso Nacional das Populações Extrativistas, de 13 a 17 de novembro, no campus Darcy Ribeiro, da Universidade Federal de Brasília (UnB), em Brasília.
Com o tema “Populações tradicionais extrativistas, em defesa da floresta e do clima”, durante o Congresso haverá debates sobre: mudança climática e crédito de carbono; situação fundiária e ambiental; fortalecimento da organização social e gestão dos territórios; economia da sociobiodiversidade; políticas públicas; e financiamento socioambiental para as comunidades extrativistas. Também será realizada a eleição e posse da nova Diretoria do CNS para o quadriênio 2024/2027.
Os assuntos que serão abordados são referentes às Reservas Extrativistas (RESEX), Florestas Nacionais, Projetos de Assentamento Extrativista (PAE), Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e outras áreas de uso comunitário.
“O processo de debate dos temas se dará em exposição em Plenária e Grupo de Trabalho. Dessa forma, os convocados contribuirão com novas ideias para encorajar e reforçar o plano de ação do CNS, com o objetivo de fortalecer a luta pela criação de novos territórios e consolidação dos já criados”, comenta o presidente do CNS, Júlio Barbosa.
Na avaliação de Júlio Barbosa, o evento acontecerá em um momento oportuno, no qual o Brasil está em processo de redemocratização. “Os últimos anos foram de muitas turbulências, desde aquelas relacionadas ao meio ambiente, até as que tratam de política em nossos territórios. Isso resultou em um cenário ameaçador para o futuro das populações extrativistas brasileiras”.
De acordo com ele, outros assuntos que serão abordados são as principais mazelas enfrentadas no cenário atual como a situação fundiária e ambiental; o avanço do desmatamento e queimadas; a extração de madeira ilegal; a garimpagem ilegal em áreas protegidas; o fortalecimento de grupos criminosos; a violência contra nossas lideranças; e a carência de políticas públicas para implementação, governança e gestão dos territórios.
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