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O projeto “SANEAR AMAZÔNIA: Mobilização social por acesso a água às famílias extrativistas na Amazônia” tem o objetivo de promover acesso a água para o consumo humano em comunidades extrativistas da Amazônia, por meio da disponibilidade das tecnologias sociais Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Comunitário e Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Autônomo.
É uma proposta que assegurará o abastecimento de água potável para 2.800 famílias extrativistas de forma direta. O impacto indireto será reverberado por meio da replicação das melhores práticas adotadas para a totalidade da população nas áreas consideradas, equivalente a quase 8.000 famílias.
Os critérios de seleção das áreas do Programa Sanear Amazônia foram: a) Dispor de boa organização social e lideranças atuantes; b) Abrigar membros da diretoria do CNS que possam liderar e acompanhar os trabalhos; c) permitam o desenvolvimento de atividades em qualquer período; d) possibilitar a implantação de unidades demonstrativas nas moradias para captação da água da chuva; e) refletir o universo de localidades a serem trabalhadas no futuro (várzea, terra firme, moradia individual e conglomerado de casas).
UF | RESEX | Área (ha) | Famílias beneficiadas | Municípios |
AC | Chico Mendes | 931.537,14 | 500 | Xapuri, Rio Branco, Brasiléia e Assis Brasil |
AP | Rio Cajari | 532.397,20 | 500 | Laranjal do Jari e Mazagão |
AM | Médio Juruá | 251.577,13 | 500 | Carauari |
Baixo Juruá | 187.980,70 | 170 | Juruá e Uariní | |
PA | Arióca Pruanã | 83.445,125 | 260 | Oeiras do Pará |
Mapuá | 93.746,34 | 300 | Breves | |
Soure | 29.578,36 | 200 | Soure | |
Terra Grande Pracuúba | 194.867,63 | 370 | Curralinho e São Sebastião da Boa Vista | |
Área total | 2.305.129,63 | 2.800 | 14 municípios |
Ao todo serão construídas 2.800 (dois mil e oitocentos) Tecnologias Sociais de acesso a Água Pluvial. No entanto, a quantidade Sistema de acesso à água Pluvial Multiuso Comunitário e de Sistema de acesso à água Pluvial Multiuso Autônomo só será determinado após a etapa de mobilização das famílias da região, no decorrer da execução do projeto.
A replicação dessa tecnologia de acesso à água já foi testada pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari – ASPROC. Em parceria com o Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS e o MCM, viabilizarão a coleta de água para consumo, adoção das melhores práticas de higiene, disposição de dejetos, além de envolver toda a população de forma equitativa independente do gênero e idade.
A proposta do projeto é que sua implementação de tecnologias de acesso a água, sejam desenvolvidas de acordo com as propostas de Tecnologia Social de Acesso à água definidas pela Instrução Operacional nº 7 e nº 8 do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que tratam das seguintes modalidades de tecnologia social: – Sistema de acesso à água Pluvial Multiuso Autônomo e – Sistema de acesso à água Pluvial Multiuso Comunitário. O Programa será implementado de acordo com essas tecnologias sociais.
O programa será implementado de acordo com os seguintes princípios metodológicos:
- Gerar conhecimento para criar autonomia: intervenção democrática com geração e apropriação coletiva do conhecimento, tendo sempre como ponto de partida a realidade local. Isso se traduz, na prática, pela animação e facilitação de processos coletivos capazes de identificar problemas, estabelecer prioridades e planejar ações para alcançar soluções compatíveis com os interesses, necessidades e possibilidades das famílias.
- Aprender fazendo: intervenção que considera a máxima que “não se aprende a não ser como resultado de um fazer”. A pedagogia da participação permite o aprender fazendo, na medida em que os conhecimentos são levados à prática junto às famílias.
- Articular parcerias: o esforço para mudança de mentalidade, de comportamentos, especialmente em relação ao gerenciamento da água e à segurança alimentar, requer a construção de um amplo leque de apoio mútuo entre famílias e comunidades e instituições que atuam nas comunidades. Para tanto será estabelecida uma prática de reuniões que facilite a articulação de parcerias.
- Estimular a participação das famílias e suas organizações no desenvolvimento do projeto (planejamento, execução, monitoramento, sistematização e avaliação): o exercício individual e coletivo contribuirá para aumento da autoestima, da autonomia e da capacidade criativa e inovadora no enfrentamento político dos problemas.
- Apoiar a interação comunitária: troca de experiências, estímulo à reflexão e formulação coletiva de propostas que favoreçam o diálogo entre sociedade e estado na promoção do desenvolvimento sustentável.
- Valorizar o extrativismo: os conhecimentos e experiências dos extrativistas são uma das garantias da harmonia a ser mantida na utilização dos recursos naturais e na conquista de melhor qualidade de vida.
Este projeto é apoiado pelo Programa Brasil sem Miséria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
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